26 de jan. de 2012

A DISCIPLINA NA CATEQUESE


A questão da disciplina é um desafio no mundo atual. Já se foi aquele tempo em que as crianças eram dóceis e obedientes, cheias de motivação para o aprendizado das coisas de Deus. A falta de motivação talvez seja a principal causa da indisciplina. Isso não se verifica só na catequese. As escolas enfrentam o mesmo problema e as famílias também não escapam da questão. Até na convivência social se nota mais indisciplina e menos respeito. Além da falta de motivação, o que se constata largamente é a falta de educação. Isto mesmo. A maioria dos psicólogos concordam em afirmar que as famílias de hoje estão, muitas vezes, com problemas na educação de suas crianças, que não sabem respeitar, nem obedecer, nem se comportar publicamente. Uma das preocupações da catequese precisa ser esta: formar para a convivência sadia. Então, é preciso enfrentar a questão da indisciplina. É um tema extremamente difícil. 

Focos de problemas disciplinares na catequese

A indisciplina é um fenômeno generalizado, em todas as turmas e idades. Não é fácil resumir suas causas. Mas podemos apontar alguns focos, ou seja, situações ou realidades que ajudam a provocar a indisciplina.

A falta de motivação da turma: Talvez seja o maior problema. A criança vai para a catequese sem estar motivada para isso. As famílias não respiram mais aquele ar sagrado que motivaria a busca do conhecimento das coisas de Deus. As crianças não compreendem como e por que a catequese pode se importante. Para que rezar? Para que cantar? Para que ler a Bíblia? Não fica claro. Então a criança se dispersa e começa a fazer bagunça. Para enfrentar isso, o catequista precisa, antes de mais nada, ser capaz de motivar a turma.Não existem regras mágicas para isso. Na convivência com a turma, o catequista tentará ir descobrindo como fazer esta motivação. No entanto, vale lembrar alguns cuidados sem os quais não se faz motivação: simpatia do catequista, exposição inteligente e clara dos assuntos, segurança quanto à vocação de catequista, interesse por cada criança. Além disso, o catequista pode usar a criatividade, fazendo promoções, festinhas, passeios, etc.

O encontro mal dado: É outra questão que dificulta o entusiasmo da turma e provoca indisciplina. O catequista não precisa ser um pedagogo nato, mas precisa aperfeiçoar sua metodologia catequética. Estudar bem os assuntos, tirar suas dúvidas, treinar as músicas, ensaiar as leituras, compreender bem as atividades. Além disso, saber mostrar o por que e para que de cada coisa que se faz, saber chamar a atenção para a importância dos assuntos, saber fazer a ligação dos temas com a vida das crianças, fazer tudo com capricho e bom gosto. Quando o encontro é bem dado, a turma já se sente mais motivada. Às vezes, o catequista domina o conteúdo, mas não sabe transmiti-lo. A comunicação é a chave principal do encontro de catequese. 

O jeito do catequista: É outra questão essencial. Cada catequista tem seu jeito. Isso é óbvio. Mas há questões que podem ser melhoradas. O catequista precisa mostrar segurança e simpatia; mas não pode ser meloso, nem violento.  Deve ter voz forte; sem gritar o tempo todo. Se surgir algum problema, deve saber tomar decisões; sem perder o bom humor e sem se sentir culpado. Deve também estar atento para perceber tudo o que acontece na turma. Se surgir algum problema, interromper o encontro até que tudo seja resolvido. O catequista que continua falando no meio da algazarra acaba passando por palhaço diante da turma. Isso faz com que a turma perca o respeito. Outra coisa importante: tratar a todos de forma igualitária e ser sobretudo atencioso e amigo, sem deixar de ser firme.

O ambiente dispersivo: O ambiente circular e aconchegante ajuda na concentração e na comunicação. Ambientes muito grandes para turmas pequenas ou vice-versa, não são favoráveis. Ambientes muito próximos de barulhos também atrapalham a concentração. Tudo o que puder fazer para melhorar o ambiente ajudará na disciplina.

Idades misturadas: Outra coisa que não deve acontecer. Se houver na mesma turma crianças com idades muito diferentes, dificilmente o catequista conseguirá manter a disciplina. Por isso, as turmas já devem ser divididas de acordo com as idades das crianças.

Tipos mais comuns de indisciplina

É certo que, na hora de analisar a questão disciplinar, cada caso é um caso.Pessoas e circunstâncias são diferentes. Mas podemos enfocar alguns tipos mais comuns, só para ajudar a compreendê-los e a lidar com eles. Geralmente, a criança indisciplinada apresenta várias destas características ao mesmo tempo.

O problemático: É a criança que apresenta indisciplina por estar passando por problemas. Normalmente, os problemas vêm da família. é preciso ter em vista, no entanto que nem todas as crianças indisciplinadas são simplesmente problemáticas. Mas a criança pode estar atravessando uma fase difícil na vida:  problemas familiares, problemas na escola, divergências com os amigos, problema de saúde, tudo isso pode diminuir o interesse e a concentração do catequizando.  O problemático é meio imprevisível: às vezes torna-se agressivo e violento; outras vezes, faz greve de silêncio; outra, resolve ser do contra. Quando todos se sentam, ele fica de pé; quando todos se levantam, ele se senta. Portanto, para saber se a criança é indisciplinada por causa de problemas, o catequista precisa conhecê-la bem. Aí está o primeiro desafio. Importante também é saber que, mesmo estando com problemas, a criança precisa saber se comportar. Então, o catequista não permitirá um comportamento que prejudique o encontro. O mais aconselhável é que o catequista tenha uma conversa simpática e amigável em particular com esta criança, num momento favorável. 

O mal -educado: É fácil perceber quando a criança é sem educação mesmo. Como já diz o ditado"vem do berço". O mal-educado não sabe respeitar nada, nem ninguém. Interrompe quando não deve, age com grosseria. Nesse caso, é preciso mostrar energia. Repreenda-o com firmeza, mas com educação. Ao conversar em particular, seja firme e não dê tréguas. E, mesmo diante da turma, não tenha medo de chamar sua atenção. Quando o problema for falta de educação, não ignore. É preciso "pegar no pé" desse catequizando, sem se tornar excessivamente implicante.

O violento: É um tipo agressivo que mexe com todos e só pensa em brigar e mostrar força. Não só provoca dentro do encontro mas depois também. O violento é uma pessoa que não sabe lidar com seu temperamento explosivo. Às vezes, é também problemático e sem educação. O problema maior é que uma criança violenta acaba provocando mais violência, despertando agressividade nos outros e oprimindo aos que são mais recatados. O catequista precisa intervir logo. Não deixe haver brigar dentro do encontro em hipótese alguma. Chame a atenção energicamente e com voz forte.
O catequizando violento e agressivo precisa saber que, durante o encontro catequético o catequista é o responsável pelo desenvolvimento do mesmo e tem autoridade. Então, exerça sua autoridade no melhor estilo.

O engraçadinho: É o palhacinho da turma. Faz todos rirem na hora mais inadequada. Basta um olhar dele ou uma careta para a turma achar graça, vira o centro das atenções e ganha destaque. Usa suas artimanhas para conquistar seu espaço e colher a atenção da turma. Se parar de fazer gracinhas, perderá sua extrema simpatia.O que fazer? Se forem brincadeiras inocentes, encontre uma forma de conviver com ele. Tente estabelecer momentos de fazer graça e momentos de ficar sério. Não o repreenda duramente em público, pois a turma o incentivaria a continuar só para provocar você. Não é bom que o catequista seja rabugento nesse caso. Ao contrário, a solução é ser bem-humorado. Às vezes, você pode até rir também. Com isso, você conquista a simpatia do "engraçadinho". E lembre-se: ele só vai respeitá-lo se aprender a admirá-lo. Ele pode se tornar seu aliado ou seu inimigo. Vai depender de seu jogo de cintura. Se as brincadeiras estão ultrapassando certos limites, tenha uma conversa em particular. Nessa conversa, brinque e seja amável. Mostre que é bom que ele seja simpático, mas que é preciso ter cuidado para não passar dos limites. Mostre claramente quais são estes limites e tente chegar a um acordo com ele. Se depois, ele esquecer de cumprir o acordo, chame sua atenção com o olhar, ou de forma bem-humorada. De preferência, ao chamar sua atenção, seja mais engraçado do que ele. Outra coisa: Veja como a turma reage ao "engraçadinho". Se suas brincadeiras já começaram a incomodar, então é hora de dosar seu estilo. Mas nunca perca a simpatia da turma por causa do "engraçadinho".

"O avacalhador": É um "engraçadinho" desajeitado. Quer ser simpático e acaba avacalhando tudo. Vai brincar e acaba causando grande confusão. Tolere simpatia, mas não aceite "avacalhação". Se for preciso, chame a atenção com certa energia, mas nunca com a mesma energia com que você se dirigiria ao violento. Se ele é simpático diante da turma, tome cuidado. Às vezes, para controlar suas trapalhadas, você acaba perdendo a simpatia da turma. Isso não vale a pena. Seja firme, mas simpático. Conquiste sua amizade, faça-o admirar você. Tente descobrir, mas sem perguntar a ele diretamente, o porquê de suas "avacalhações". Conhecendo suas razões, será possível compreendê-lo melhor.

"O mal-intencionado": É um tipo que se aproveita das situações para aprontar. Gosta de esconder suas "macaquices", põe a culpa nos outros.Fique atento: não deixe que ele enrole você. Veja tudo. Se for possível, coloque-o em um lugar onde possa ser visto. Ele difere do avacalhador por gostar de se esconder. Às vezes, tem atitudes bastante inconvenientes. Ao dar as mãos, belisca o colega. Quando vai dar abraço da paz, joga o outro no chão. Retira a cadeira para o outro cair no chão, enfia o dedo no olho do companheiro, passa as mãos nas pernas das meninas. É, enfim, um brincalhão que incomoda toda a turma com suas brincadeiras de mau gosto. E a turma, a o invés de prestar atenção no catequista, ficará de olho no mal-intencionado, para evitar cair em seus golpes. É preciso ter tino para controlar esse tipo.Se ele for simpático à turma, é preciso competir com sua simpatia evitando mau-humor. Converse com ele em particular e ajude-o a ser engraçado sem incomodar. Mas não o impeça de ser engraçado e simpático, porque é isso que ele quer e não consegue. Não deixe que ele forme turminhas dentro da turma. Ele terá uma enorme tendência a isso, pois não podendo agradar a todos, tentará arrebanhar alguns adeptos. E os colegas aceitarão ser amigos dele para ficar livres de suas brincadeiras de mau gosto. Desmanche as turminhas, isole o líder. Coloque-o perto de você. Quando for rezar em dupla, reze com ele; quando for dar as mãos, dê as mãos a ele. E fique de olho o tempo todo.

"O mal-humorado": É outro tipo difícil., É fechado, calado e azedo.Normalmente é antipatizado pela turma, costuma ter poucos amigos.Dá meias respostas com extrema má vontade. Pode se tornar aborrecido e agressivo. Não gosta de cantar, de rezar, de ouvir, nem de participar de nada. Odeia fazer gestos e atividades. Às vezes, é do contra: fica sentado quando deveria estar de pé, fica de pé quando deveria estar sentado. É difícil abordar esse tipo. Diante da turma, costuma ser melhor tratá-lo com indiferença, dar um "gelo". Em particular , é preciso tentar conhecê-lo para conquistar pelo menos um pouco de sua confiança. Pode ser uma pessoa que vive chateada e entediada, passando por problemas, e pode estar indo à catequese por mera obrigação. Se suas atitudes azedas estiverem causando um clima ruim na turma, chame a atenção em particular. Com muita simpatia tente convencê-lo de que assim não dá. Se for problemático, tente ajudar. Se você conquistar sua simpatia terá ganhado a batalha.

Fonte: Agenda Diocesana de Catequese-2010/ Diocese de Divinópolis-MG

17 de jan. de 2012

16 de jan. de 2012

UMA GRANDE PERDA PARA O MINISTÉRIO PARA CRIANÇAS DA RCC DE LIMEIRA

Tia Rose, sentiremos demais sua falta, amada... 
DESCANSE EM PAZ... 



Creio que Nossa Mãezinha lhe recebeu de braços abertos e que você agora está nao colo de nosso Amado Deus Paizinho!